A Polícia Militar (PM) informou nesta manhã que
o atirador que invadiu uma escola em Realengo, na zona
oeste do
Rio de Janeiro, e matou ao menos dez alunos
deixou uma carta que dá a ideia de premeditação do
crime. De acordo com o porta-voz da corporação,
tenente-coronel Ibis Pereira, o documento está confuso e
foi recolhido para ser usado como prova nas
investigações.
"Ele deixou uma carta assinada como
Wellington
Menezes de Oliveira, sem nenhum sentido, que mostra que
entrou determinado a fazer um massacre, uma chacina",
afirmou Pereira em entrevista à rádio Estadão ESPN. Em
um dos trechos do documento, com forte teor de fanatismo
religioso, o atirador diz ser portador do vírus HIV e
que via "impureza nas crianças", segundo o porta-voz da
PM.
O suspeito invadiu a Escola Municipal Tasso da
Silveira durante o horário de aula fingindo ser um
palestrante. Quando foi questionado, começou a atirar
contra os alunos que estavam no colégio. De acordo com
Pereira, o atirador estava com dois revólveres 38 com
acelerador de disparos e muita munição.
Baseado no conteúdo da carta, o porta-voz da PM disse
que o suspeito deveria ter um desvio de personalidade.
"Ele era um fanático religioso, um quadro de demência
religiosa. Ele via nas crianças algo impuro. Só um
desvio de personalidade explica um comportamento
sociopata dessa natureza. Um ato de estupidez", afirmou
Pereira. Informações ainda não confirmadas dão conta de
que Oliveira teria ido à escola há dois dias e ameaçado
os diretores do colégio. Fonte