DILMA DIVERSIFICA COMÉRCIO
COM A CHINA
A presidente Dilma Rousseff propôs nesta
terça-feira em Pequim um novo modelo de relação
comercial com a China, baseado na cooperação tecnológica
e no intercâmbio de produtos de alto valor agregado.
"O
Brasil quer inaugurar uma nova etapa nestas
relações, um salto qualitativo no modelo que tivemos até
agora e que permitiu aos dois países passar de um volume
de negócios de 2,3 bilhões de dólares em 2000 a 56,4
bilhões em 2010, e que no primeiro trimestre deste ano
continuou crescendo exponencialmente", disse a
presidente, que está em visita oficial ao país asiático.
Nos últimos dois anos a China se tornou o principal
destino das exportações brasileiras e o maior investidor
no Brasil, postos que haviam sido ocupados nos últimos
anos por
Estados Unidos e
Espanha.
Os investimentos chineses estão centradis nas áreas de
petróleo, tecnologia agrícola e produção de soja.
"Precisamos ir além da complementaridade de nossas
economias para favorecer uma relação dinâmica,
diversificada e equilibrada", disse a presidente do
Brasil no encerramento do fórum empresarial que reuniu
os 240 empresários que a acompanham na viagem e dezenas
de executivos chineses.
"A transformação da agenda (exportadora) com produtos
de maior valor agregado é o desafio para os próximos
anos e um dos pilares para a sustentabilidade da
expansão do comércio bilateral", completou.
Atá agora, as exportações do Brasil para a China
consistem essencialmente em commodities agrícolas e
matérias-prima, em particular soja, minério de ferro,
petróleo e celulose. Mas a presidente considera o futuro
comercial com a venda de aviões da Embraer - terceira
construtora aeronáutica mundial - ou veículos, assim
como nos campos da exploração de petróleo - através da
Petrobras - e da agrobiotecnologia.
Durante a viagem deve ser anunciada oficialmente a
venda pela Embraer de 20 aviões do tipo E190 à empresa
China Southern e outros 15 E190 para a Hebei, assim como
a assinatura de um acordo com a Corporação da Indústria
de Aviação Chinesa (AVIC) para a produção do Legacy 600
no país asiático.
Segundo fontes da delegação brasileira, o anúncio da
compra de 1,4 bilhão de dólares será feito durante a
visita da presidente a Pequim nesta terça-feira, em uma
reunião com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao.
Dilma também pretende promover a associação entre a
segunda maior economia mundia, a China - 1,3 bilhão de
consumidores -, e a oitava nas áreas de ciência,
tecnologia e inovação com o desenvolvimento de produtos
e tecnologias.
Para isto, recordou a necessidade de um "apoio
institucional que dê expressão máxima ao caráter
estratégico da nova relação".
Neste sentido, a presidente quer dar continuidade à
cooperação espacial, com a qual os dois países já
lançaram três satélites conjuntos e pretendem acelerar o
lançamento do quarto.
Os satélites CBERS são usados para captar imagens da
superfície da Terra que têm aplicações na agricultura e
no controle do desmatamento, assim como das catástrofes
naturais.
A presidente, acompanhada por vários ministros,
também mencionou a colaboração em "grandes desafios"
como a exploração e extração de petróleo em águas
profundas, refino e desenvolvimento petroquímico.
Também pretende promover o desenvolvimento da
agrobiotecnologa, da qual o
Brasil
é um dos países de ponta.
Durante a visita devem ser assinados vários acordos
de tecnologia do petróleo, defesa, nanotecnologia,
recursos hídricos, normas fitossanitárias, tecnologia
agrícola e agricultura tropical, intercâmbios
universitários, entre outros. Fonte
Comparte este articulo :
/
Compartir en Facebook
|