RIO - A suposta participação do vice-presidente
Michel Temer em um esquema de cobrança de propina de
empresas detentoras de contratos no
porto
de Santos é investigada em um inquérito que está no
Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com
informações da "Folha de S.Paulo", o caso chegou à Corte
no dia 28 de fevereiro e seguiu na semana para a
apreciação da Procuradoria-Geral da República.
Em 2002, o então procurador-geral da República,
Geraldo Brindeiro, determinou o arquivamento de um
processo administrativo preliminar sobre o caso. Mas, em
2006, a Polícia Federal instaurou um inquérito, onde já
constava o nome de Temer como eventual beneficiário do
esquema.
A PF reuniu, então, indícios de que empresas pagavam
propinas para vencer licitações para exploração de áreas
do porto de Santos, administrado pela Companhia de Docas
do Estado de
São Paulo.
A empresa, por sua vez, era uma área de influência
política do PMDB, tendo o partido indicado o presidente
da Companhia entre 1995 e 1998, Marcelo de Azeredo.
Algumas planilhas - entregues em 2000 pela mulher de
Azeredo durante o processo de dissolução de união
estável - indicavam repasse de propinas que teriam sido
pagas por duas empresas: Libra Terminais S/A e Rodrimar
S/A. As planilhas indicavam ainda, segundo a PF, que o
dinheiro foi entregue a Azeredo por uma pessoa
identificada apenas como "Lima" e a alguém identificado
pelas iniciais "MT", que se refere, segundo a PF e a
procuradoria, a Michel Temer.
O vice-presidente nega ter recebido suborno. Fonte