RUBY DESCRIVE AS ORGIAS DE
BERLUSCONI - CONHEÇA
ROMA (AFP) - Dezenas de mulheres nuas dançando
e se acariciano em torno do primeiro-ministro italiano,
Silvio Berlusconi, disputam sua atenção para excitá-lo:
de acordo com "Ruby Rouba Corações", pivô do escândalo
envolvendo Il Cavaliere, era assim que aconteciam as
chamada "festas bunga-bunga" do chefe de governo
italiano.
"Depois do jantar, íamos para um salão no subsolo,
onde acontecia a bunga-bunga", relata Karima El Mahroug,
dançarina marroquina que ficou conhecida pelo apelido "Ruby
Rouba Corações" e cujo depoimento para os investigadores
que apuram o caso teve trechos vazados e publicados no
jornal La Repubblica.
"Todas as garotas ficavam nuas durante a bunga-bunga,
e eu tinha a sensação de que elas estavam competindo
umas com as outras para fazer com que Berlusconi as
notasse, com performances sexuais cada vez mais
ousadas", lembra Ruby, citada no diário italiano.
Ela é peça-chave do processo que corre na justiça
italiana contra Berlusconi, acusado de contratar seus
favores sexuais quando Ruby ainda era menor de idade -
embora tanto ela quanto ele neguem.
Berlusconi também é acusado de abuso de poder, por um
episódio em que obrigou a polícia a libertar Ruby,
detida por roubo.
O julgamento do primeiro-ministro, que declarou não
estar nem um pouco preocupado com o processo, começará
no dia 6 de abril.
Em outro trecho do depoimento, Ruby descreve como foi
seu primeiro encontro com o premier italiano.
"Naquela noite, Berlusconi me disse que a bunga-bunga
era um harém, o que ele copiou de seu amigo (o ditador
líbio Muamar) Kadhafi, e que consistia de garotas
tirando a roupa e concedendo-lhe 'prazeres sexuais'".
"O primeiro-ministro me levou até seu escritório, e
me fez entender que minha vida mudaria completamente se
eu participasse na bunga-bunga", acrescenta a jovem.
Ela conta ter se recusado em uma primeira ocasião,
mas acabou se unindo ao "harém" de Berlusconi da segunda
vez em que o visitou, em março - mas garantiu que sua
condição era manter-se vestida.
"Eu não tirava a roupa e não tinha relações sexuais",
afirma. "Eu era a única garota vestida, e apenas para
ter algo para fazer eu levava para o primeiro-ministro
um Sanbitters de vez em quando", continua, referindo-se
a um popular drink não alcoólico vendido na Itália.
Não há menção no relatório sobre o que Berlusconi
usava nessas ocasiões.
Não houve acusações judiciais relacionadas com as
festas "bunga bunga", que, no entanto, se tornaram
motivo de inúmeras piadas na Itália nos recentes meses.
Berlusconi admitiu que é "um pecador, como todo
mundo", mas acusou os juízes moralistas e adversários
puritanos de orquestrarem uma campanha contra ele. Fonte
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