Governo aprova salário
mínimo de R$ 545
BRASÍLIA - Aprovar o salário mínimo de R$ 545
no Congresso Nacional nesta quarta-feira foi o tema
central da reunião de coordenação política no Palácio do
Planalto. A presidente Dilma Rousseff quer seus
ministros trabalhando pela aprovação desse valor, sem
aumentos, como propõem sindicalistas e parlamentares.
Da ofensiva fará parte a ida do ministro da Fazenda,
Guido Mantega, amanhã no início da tarde à Comissão
Geral da Câmara para tentar convencer os deputados sobre
as limitações orçamentárias, e a disposição do governo
federal em fazer um ajuste fiscal para ajudar a conter a
inflação.
Também as centrais sindicais prometem fazer pressão
amanhã com manifestações na Esplanada dos Ministérios em
Brasília, além de corpo a corpo no Congresso.
De acordo com o ministro das Relações Institucionais,
Luiz Sérgio, o governo não pretende, sequer discutir,
propostas como a do DEM, que quer o mínimo em R$ 560. As
centrais sindicais pedem elevação a R$ 580.
Segundo ele, o Palácio do Planalto contam com o apoio
da base aliada na Câmara dos Deputados e no Senado,
pois, "acima de tudo está o país e os aliados não
faltarão", afirmou.
Luiz Sérgio e o líder do governo na Câmara, deputado
Cândido Vaccarezza (PT-SP) vão se reunir com os líderes
do Congresso amanhã. Ao deixar o Planalto, Vaccarezza
disse ter "aumentado" o apoio ao mínimo de R$ 545.
Ao fazer um resumo da reunião de coordenação
política, o ministro Luiz Sérgio reiterou o que já disse
Mantega, que a correção da tabela do Imposto de Renda da
Pessoa Física está condicionada ao apoio das centrais
sindicais a um acordo em torno do mínimo de R$ 545 e de
uma política permanente para o reajuste do salário
mínimo.
O ministro da Fazenda nada quis comentar sobre a
reunião, ao voltar ao seu gabinete no ministério. Fonte
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