Sistema de alerta de
desastres
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal anunciou
nesta segunda-feira a implantação de um sistema nacional
de prevenção e alerta de desastres naturais, que deverá
estar em funcionamento em até quatro anos.
A ação é uma das respostas à tragédia causada pelas
fortes chuvas da semana passada na região serrana do Rio
de Janeiro, que matou mais de 640 pessoas.
A presidente Dilma Rousseff reuniu-se, nesta manhã,
com os ministros Nelson Jobim (Defesa), Aloizio
Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Bezerra
(Integração Nacional) , José Eduardo Cardozo (Justiça) e
Alexandre Padilha (Saúde) e determinou que a implantação
do sistema é "prioritária".
"(Discutiu-se) a necessidade de se reforçar políticas
de prevenção e reestruturação do sistema de alerta a
nível nacional", disse Bezerra em coletiva de imprensa.
O prazo máximo para a implantação do sistema é de
quatro anos, mas as áreas consideradas mais críticas já
deverão ter as primeiras respostas no próximo verão. O
governo não estimou o investimento necessário.
Segundo Mercadante, foram identificadas 500 áreas de
risco de deslizamentos e 300 outras suscetíveis a
enchentes. Nestas regiões, vivem cerca de 5 milhões de
pessoas.
Dentre as ações traçadas, está a compra de novos
equipamentos, como radares meteorológicos e
pluviômetros, o levantamento geofísico das áreas de
risco e a capacitação e treinamento de profissionais de
Defesa Civil.
Dilma determinou também a volta de Bezerra, Jobim e
Cardozo ao Rio de Janeiro na terça-feira, quando
visitarão as cidades mais atingidas pelas chuvas para
reforçar as ações de colaboração e apoio no socorro às
vítimas das enchentes.
Na semana passada, a presidente sobrevoou a área
afetada e em entrevista a jornalistas classificou o
momento como "muito dramático" e reconheceu que o risco
na região atingida era muito grande. Fonte
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