Exame de sangue detecta e
captura células cancerígenas
Um novo exame de sangue que detecta e captura
uma única célula cancerígena entre bilhões de sadias
está perto de chegar ao mercado.
Cientistas de Boston, que inventaram o teste, e a
gigante Johnson & Johnson pretendem anunciar nesta
segunda-feira uma parceria para produzir o teste
sanguíneo. Quatro grandes centros de câncer também devem
dar início a estudos sobre o exame neste ano.
Células cancerosas dispersas no sangue significam que
o tumor se espalhou ou que provavelmente se espalhará,
acreditam os médicos. Um teste que pode capturar tais
células tem o potencial de transformar o tratamento de
muitos tipos de câncer, especialmente de mama, próstata,
cólon e pulmão.
Inicialmente, os médicos querem usar o teste para
tentar prever qual seria o melhor tratamento para o
tumor de cada paciente e descobrir rapidamente se eles
estão fazendo efeito.
"É como uma biópsia líquida" que evita a retirada
dolorosa de amostras de tecido e pode monitorar os
pacientes de uma forma mais eficiente que tomografias
periódicas, disse Daniel Haber, chefe do centro de
câncer do Hospital Geral de Massachusetts de câncer e um
dos inventores do teste.
No futuro, o teste poderá oferecer uma alternativa
para detectar o câncer, além da mamografia e da
colonoscopia.
O único teste disponível no mercado para localizar as
células tumorais no sangue conta somente as células
doentes, mas não as captura, impedindo que os médicos
possam analisá-las para escolher o tratamento mais
adequado.
O teste usa um microchip que se assemelha a uma
lâmina de laboratório coberta de 78.000 cilindros
pequenos, como cerdas de uma escova de cabelo. Eles são
cobertos com anticorpos que atraem as células tumorais.
Quando o sangue atravessa o chip, as células batem nos
cilindros como uma bola em uma máquina de pinball. As
células cancerígenas ficam presas e um corante faz com
que elas brilhem, permitindo que os cientistas possam
contá-las e capturá-las para o estudo.
O acordo pretende melhorar o microchip e encontrar um
preço mais barato de plástico para torná-lo prático para
produção em massa. Atualmente, o teste custa centenas de
dólares e a meta de preço ainda não foi definida.
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