AGUARDENTE ADULTERADA MATA
45 NO EQUADOR
As autoridades equatorianas declararam "estado de
exceção" para oferecer recursos econômicos e mobilizar
policiais e militares contra a crise do álcool
adulterado que resultou na morte de 42 pessoas.
O número de intoxicados é de 105, de acordo com
informações do Ministério da Saúde do país. As
autoridades constataram que a aguardente consumida
continha metanol, uma substância nociva para o
organismo.
A declaração do estado de emergência não afeta os
direitos dos cidadãos.
À lista de mortos, uma pessoa foi adicionada hoje,
enquanto a "lei seca" continua em vigor em todo o país.
Estão proibidos a venda e o consumo de qualquer bebida
alcoólica. Uma fonte do Ministério da Saúde confirmou à
agência de notícias Efe a morte de hoje, mas disse não
saber exatamente onde ocorreu.
A proibição de venda de bebidas por três dias pode
ser prorrogada até que toda a aguardente adulterada seja
encontrada.
A bebida está misturada com álcool industrial, o que
causa dor de cabeça, vômitos e até perda da visão. Até o
momento, já foram apreendidos cerca de 5.830 litros de
álcool artesanal e 3.239 litros de aguardente, sendo que
o maior volume disso foi encontrado na província de Los
Ríos, lugar em que houve grande parte das mortes.
INVESTIGAÇÃO
Até agora, a polícia prendeu apenas uma pessoa que
vendia aguardente. Ela passou para os policiais o nome
do distribuidor. Os agentes estão atrás das pistas
fornecidas.
As autoridades ainda não identificaram a origem da
aguardente, confirmou o funcionário. Em mensagem enviada
pelo Twitter, o ministro da Saúde equatoriano, David
Chiriboga, informou que, durante o processo de
destilação artesanal, as "partículas de madeira podem se
tornar álcool metílico".
Ainda que a maioria dos casos se registrem em Los
Ríos, onde se elevou o consumo de álcool na semana
passada por causa da celebração de uma festa regional,
também há alguns casos em outras áreas do país. Fonte
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