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BANCOS ALEMÃES PARTICIPAM EM RESGATE GRIEGO

Os bancos privados alemães garantiram sua contribuição ao resgate financeira à Grécia, que em troca terá que aprovar reformas estruturais e um pacote de profundos cortes de gastos.

A informação é do diretor-geral da Associação de Bancos Privados alemães (conhecida pela sigla BdB), Michael Kemmer.

Kemmer calculou a exposição dos bancos privados alemães à Grécia entre 10 bilhões de euros e 20 bilhões de euros.

O diretor acrescentou que, em troca da participação voluntária dos bancos privados no segundo pacote de resgate à Grécia, os bancos alemães devem ser compensados com garantias para a dívida grega.

"Os incentivos facilitariam uma solução", disse Kemmer.

O Commerzbank, que é o maior credor alemão privado da dívida grega, tem em sua carteira 2,9 bilhões de euros em títulos do país. O Deutsche Bank tem 1,6 bilhão de euros em dívida grega e a seguradora Allianz tem 1,3 bilhão. A resseguradora de Munique Rück tem 1,1 bilhão de euros em sua carteira.

FRANÇA

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também confirmou nesta segunda-feira que alcançou um acordo com os bancos do país para que participem do segundo pacote de resgate à Grécia, mas com uma reestruturação parcial da dívida.

O acordo reduz o grau de envolvimento das instituições financeiras francesas, as mais expostas à crise de dívida grega junto com as alemãs. Os bancos reinvestiriam 70% --e não 100% como é proposto até agora-- do capital que têm em bônus gregos quando esses empréstimos chegarem a seu vencimento (entre agora e 2014).

O plano já circula pelos corredores do Conselho Europeu e, em princípio, foi recebido favoravelmente, segundo o jornal conservador "Le Figaro".

Na sexta-feira, o Tesouro e o setor financeiro franceses deram sinal verde ao plano, que sugere ainda que 50% dos títulos seriam colocados em novos créditos a 30 anos e os 20% restantes, em títulos de dívida de "cupom zero", ou seja, cujos juros não são cobrados conforme gerados, mas no vencimento.   Fonte

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