DILMA LANÇA PROGRAMA PARA
TIRAR 16 MILHÕES DA POBREZA
BRASÍLIA (Reuters) - Pouco mais de cinco meses
após iniciar seu mandato, a presidente Dilma Rouseff
lança nesta quinta-feira o programa Brasil sem Miséria,
que tem a ambiciosa meta de tirar 16,2 milhões de
pessoas da extrema pobreza. Essa foi a principal
promessa de campanha da petista.
Ao invés de apostar em maciços investimentos em
transferência de renda, como o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva fez durante seu período de oito anos com o
programa Bolsa Família e que tirou cerca de 20 milhões
de pessoas da miséria, Dilma aposta na qualificação
profissional, na ampliação do acesso aos serviços
públicos e na difusão de oportunidades de emprego para
atingir sua meta.
Mesmo assim o Brasil sem Miséria prevê a inclusão de
até 800 mil famílias nos programas de transferência de
renda do governo até 2013, segundo dados apresentados à
base aliada nesta quarta-feira.
O Palácio do Planalto convidou todos os governadores
e conta com essas parcerias para ampliar a capacidade do
programa nacional. Os Estados foram chamados a ajudar
com ações complementares na transferência de renda ou
nos arranjos de inclusão produtiva.
A maior parte dos afetados pela miséria estão na
região Nordeste, que reúne mais de 9,6 milhões desses
brasileiros. O critério usado pelo governo para definir
os extremamente pobres leva em conta o critério de renda
(aqueles que vivem com até 70 reais por mês) ou de
condições de vida.
Nessa segunda categoria, estão aqueles que declararam
no último censo demográfico não ter renda e cujos
domicílios não têm banheiro exclusivo, não têm acesso à
rede geral de água e esgoto, e que moram com pelo menos
uma pessoa de mais de 15 anos analfabeta, ou moram com
pelo três crianças com menos de 14 anos, entre outros
critérios.
Na apresentação feitas aos congressistas aliados, a
ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, na
quarta, voltou a dizer que um dos objetivos centrais do
Brasil sem Miséria é fazer com que os extremamente
pobres tenham acesso às milhões de vagas de trabalho
disponíveis no país.
Para isso, o governo montou um mapa de oportunidades,
focado principalmente nos centros urbanos, e que leva em
conta obras do PAC 1 e 2, projetos financiados pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), projetos habitacionais do Minha Casa, Minha
Vida, vagas do Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP)
e de grandes cadeias produtivas estratégicas.
O desafio nesses casos é qualificar a mão-de-obra dos
beneficiários dos programas de transferência de renda,
principalmente os mais jovens.
Na área rural, o Brasil sem Miséria vai incentivar o
aumento da produção dos agricultores familiares por meio
de assistência técnica, parcerias com a Embrapa e
pagamento de uma bolsa verde de 2.400 reais. Fonte
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