FMI VÊ 'RISCOS
CONSIDERÁVEIS' NA ESPANHA
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse ver
riscos consideráveis associados à economia da Espanha e
exortou o governo espanhol a redobrar seus esforços para
a implementação de reformas. "O reparo da economia está
incompleto e os riscos são consideráveis", disse o
Fundo, em comunicado, depois de uma reunião de
representantes da instituição com o governo local.
Segundo o FMI, a economia espanhola voltou a crescer
graças às exportações fortes. O comunicado ressalvou que
"os riscos negativos dominam a perspectiva de
crescimento"; entre os fatores desfavoráveis ao
desempenho da economia espanhola estariam a piora das
condições financeiras e o nível do desemprego, que
continua a ser elevado.
Bancos
O presidente do Banco Central da Espanha, Miguel
Angel Fernandez Ordoñez, afirmou que os bancos do país
tomaram passos decisivos para aumentar sua solvência,
mas reconheceu que novos testes de estresse podem
revelar necessidades de capital adicionais.
"Os testes de estresse que estão sendo realizados na
Europa vão mostrar a extensão da necessidade das
instituições por mais capital para cenários extremos",
disse Ordoñez, que também é membro do conselho diretor
do Banco Central Europeu (BCE). Mas a deficiência de
capital na Espanha deverá ser pequena, segundo ele.
A autoridade bancária europeia deverá anunciar no
próximo mês os resultados dos testes de estresse feitos
com 90 bancos europeus, em um esforço para solucionar os
prolongados receios sobre a saúde das instituições de
crédito de muitos países.
Ordoñez destacou que se os bancos não conseguirem
levantar capital novo de fontes privadas, o estatal
Fundo para Reestruturação Ordenada dos Bancos (FROB)
poderá fornecer os recursos, o que resultaria em um
"impacto relativamente moderado sobre o nível de dívida
pública da Espanha".
Os bancos espanhóis estão em processo para levantar
15 bilhões de euros em capital para cumprir os novos
níveis mínimos de solvência até setembro - como foi
determinado pelo governo. Quatro bancos pediram fundos
do FROB. A Espanha foi forçada a fazer o esforço
adicional para ajudar os bancos e aumentar a confiança
do investidor enquanto as instituições lidam com o
colapso de um boom de uma década no setor de construção.
Ordoñez reiterou sua opinião de que a ordem do
governo para que os bancos aumentassem o capital foi
suficiente para "garantir a força dos sistema bancário
espanhol". No entanto, a autoridade reconheceu que
muitos investidores e analistas independentes têm
questionado se os bancos da Espanha precisam de mais
capital para se proteger no caso de uma forte
desaceleração da economia do país.
A agência de classificação de risco Moody's, por
exemplo, estima que os bancos espanhóis precisam de
entre 40 bilhões de euros e 50 bilhões de euros em
capital novo. Fonte
Compartilhar este articulo :
/
Compartilhar em Facebook
|