OLLANTA HUMALA, O NOVO
PRESIDENTE DO PERU
A presidente Dilma Rousseff telefonou nesta
segunda-feira ao nacionalista Ollanta Humala para
parabenizá-lo por sua vitória no segundo turno das
eleições, afirmou o assessor especial da Presidência
para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Segundo Garcia, Dilma convidou o peruano para visitar
o Brasil antes da posse marcada para 28 de julho. Garcia
contou ainda que Humala estava "emocionado" e que
aceitou o convite. O assessor disse que Dilma deve ir à
posse do novo presidente peruano.
"Estamos muito satisfeitos", disse Marco Aurélio
Garcia, assessor especial de Assuntos Internacionais da
Presidência. A presidente Dilma Rousseff telefonou para
Humala na manhã desta segunda-feira (6), pouco antes da
chegada do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao
Palácio do Planalto.
"Foi uma boa conversa, [Dilma] desejou-lhe muita
sorte. Ele estava muito emocionado, muito animado",
afirmou Marco Aurélio.
A previsão é de que Dilma viaje para o Peru para a
posse do novo presidente, no final e julho. Antes disso,
a convite da presidente, Humala deve vir ao Brasil, como
presidente eleito.
Humala declarou vitória no pleito neste domingo,
quando resultados da apuração de 87,8% dos votos
apontavam vantagem de 2,5 pontos percentuais sobre a
deputada direitista Keiko Fujimori, filha do
ex-presidente Alberto Fujimori, que está preso.
Com 89% dos votos apurados, ele aumentou sua vantagem
para 2,68% sobre a direitista Keiko Fujimori, segundo o
sexto resultado oficial divulgado nesta segunda-feira
pelo Onpe (Escritório Nacional de Processos Eleitorais).
Segundo as cifras, Humala obteve 51,34% dos votos
contra 48,66% para Fujimori. O resultado divulgado pelo
Onpe na madrugada, quando havia 87% dos votos apurados,
tinha apontado uma diferença de 2,5%.
VENCEDOR
Após a divulgação dos primeiros resultados oficiais,
Humala fez um breve pronunciamento e depois se dirigiu à
praça Dos de Mayo, no centro de Lima, onde promoveu um
comício diante de milhares de pessoas que o esperavam há
várias horas.
"A grande transformação que chega ao Palácio do
Governo no dia de hoje é o produto do trabalho de
milhões de peruanos, homens e mulheres, que lutaram para
defender a democracia e seus valores e que hoje estão
aqui representados", afirmou.
Perante seus seguidores, muitos deles de origem
humilde e que festejavam com bandeiras do Peru e da
coligação nacionalista Gana Perú, o presidente eleito
renovou seu "compromisso com o povo peruano de
crescimento econômico com inclusão social".
"Trabalharemos as relações internacionais buscando
afirmar o Peru como um país que procura a unidade
latino-americana. Buscaremos relações de irmandade com
cada povo da região. Vamos continuar o bem que se veio
fazendo, vamos corrigir o mal e vamos fazer a
transformação", enfatizou.
Segundo ele, isso será possível "lutando", e não
colaborando com a corrupção e com os corruptos. Ele
pediu a seus compatriotas que trabalhem junto com ele
porque "esta tarefa não será fácil".
Mas Humala também destacou que sabe que "governar não
é assunto de uma só pessoa", por isso se comprometeu a
convocar "os melhores quadros técnicos, independentes,
intelectuais, para poder fazer um governo de
concentração, de larga base, onde ninguém se sinta
excluído e todos se sintam representados".
O triunfo de Humala foi parabenizado por chefes de
Estado estrangeiros, como o chileno Sebastián Piñera, o
boliviano Evo Morales, e o venezuelano Hugo Chávez, e
personalidades locais, como o ex-presidente peruano
Alejandro Toledo e o escritor Mario Vargas Llosa. Fonte
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