SÃO PAULO –
Anunciada no dia 16 de junho, o Programa Minha Casa,
Minha Vida 2 pretende aumentar os recursos para
subsidiar imóveis para pessoas de baixa renda, para
isso, nesta nova fase serão investidos R$ 72,6 bilhões
em subsídios e R$ 53,1 bilhões do FGTS em
financiamentos.
Segundo o Secovi-SP, as mudanças são positivas, mas o
Programa ainda precisa de alguns ajustes para atender o
setor imobiliário. “O governo tem evidenciado a
preocupação com a saúde do Minha Casa, Minha Vida, mas
para que o programa na faixa de renda até R$ 1.600 possa
decolar é fundamental que a Caixa e o Ministério das
Cidades reconheçam a importância de atualizar os preços
de aquisição dos imóveis”, explica o vice-Presidente de
Habitação do Secovi-SP, Flávio Prando.
Para que o Programa possa adequar os valores, alguns
fatores podem ser determinantes, como o aumento dos
custos da terra e dos custos de produção, e também as
modificações necessárias para atender as determinações
de acessibilidade universal.
De acordo com o executivo, a discussão sobre o preço
dos imóveis deverá ser breve, para que dessa forma todos
sejam beneficiados, seja o setor imobiliário, como as
pessoas contempladas pelo Programa. “Esperamos que a
discussão do realinhamento dos preços seja breve e com a
participação direta do setor, pois já passaram seis
meses sem nenhuma contratação dentro do programa e as
empresas investiram demais na continuidade da iniciativa
não podem ficar paradas”, completa.
Nova faixa, novos imóveis
O que mais agradou o setor imobiliário e também a
população foi a alteração na renda mínima para o
financiamento. Na faixa 1 se enquadram as famílias com
renda até R$ 1.600, já a faixa 2 são os que totalizam
renda de R$ 1.601 até R$ 3.100, e por fim a faixa 3 onde
estão as famílias com renda de R$ 3.101 até R$ 5.000.
Desde sua criação, em abril de 2009, o Programa
ultrapassou a marca de 1 milhão de contratos assinados,
até o final de 2010.
Para a nova fase, as incorporadoras e construtoras
terão um desafio. Nos próximos três anos e meio, elas
terão que lançar mais dois milhões de unidades, volume
que pode chegar a 2,6 milhões, dependendo da atuação das
empresas.
Para o presidente do Secovi-SP, a meta é realista,
mas para ser alcançada os processos de construção devem
ser mais ágeis. “A meta é possível de ser alcançada, mas
a aprovação de novos processos e novas tecnologias
construtivas precisa ganhar agilidade. Não é possível
imaginar construir mais de um milhão de habitações por
ano assenstando blocos como há 50 anos. O Brasil precisa
de mais laboratórios e técnicos capacitados para atuar
em pesquisa no setor da construção civil. Para isso,
dependemos de incentivos do governo”, finaliza Prando. Fonte