O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve
anunciar na noite de hoje o início da retirada de
soldados americanos do Afeganistão. O contingente
limitado, estimado entre 3 mil a 5 mil militares,
equivale a até 5% do total das tropas dos EUA no front.
Outro lote, de até 5 mil soldados, sairão até o fim do
ano e pelo menos outros 20 mil serão retirados em 2012,
ano em que tentará a reeleição.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, evitou
antecipar oficialmente os números que serão anunciados
às 21 horas de hoje (horário de Brasília). No
pronunciamento desta noite, Obama tentará explicar mais
uma vez as prioridades dos EUA no Afeganistão: destruir
o Taleban e a Al-Qaeda e estabilizar e reconstruir o
país. "O presidente tornará isso claro", disse Carney.
Entre os militares cujo fim da missão deve ser
marcado para julho, estarão incluídos soldados que não
chegaram a desembarcar no Afeganistão e estão
mobilizados em bases nos EUA, segundo o jornal
Washington Post. De acordo com The New York Times, no
entanto, ainda há várias opções na mesa de como montar a
estratégia de retirada, cuja meta é reduzir para 70 mil
o número de militares ao fim de 2012.
O tenente-general Douglas Lute, principal consultor
militar de Obama, diz o jornal, defende a retirada de um
total de 15 mil soldados até o final deste ano e de
outros 15 mil no fim de 2012. Já o vice-presidente dos
EUA, Joe Biden, advoga a retirada de um total de 30 mil
entre julho deste ano e julho de 2012.
O secretário de Defesa, Robert Gates, tentou ontem
reverter a frustração que poderia ser causada por um
corte imediato mais conservador. Para o chefe do
Pentágono, a fadiga do Congresso e do povo americano com
a guerra do Afeganistão estará refletida no plano a ser
anunciado por Obama. Fonte