AL ZAWAHIRI: O NOVO LÍDER
DE AL QAEDA
O braço iraquiano da Al Qaeda prometeu apoio a
Ayman al Zawahiri -- o "número dois" da rede
terrorista-- e disse que pretende cometer atentados para
vingar a morte de Osama Bin Laden.
Em nota divulgada nesta segunda-feira em um fórum
islâmico na internet, o califa do Estado Islâmico do
Iraque (EII), Abu Baker al Baghdadi al Husseini al
Qurashi, lamentou a morte de Bin Laden, durante uma ação
militar dos EUA no Paquistão.
'Eu digo aos nossos amigos na organização Al Qaeda, e
no topo dela ao xeque mujahid (combatente) Al Zawahiri
(...): alegrem-se vocês têm homens leais no Estado
Islâmico do Iraque, que estão seguindo o caminho correto
e não vão desistir nem serem expulsos', disse ele na
nota.
A EII, também conhecida como Al Qaeda do Iraque, é o
primeiro grupo ligado à rede a manifestar publicamente
seu apoio a Zawahiri, suposto sucessor de Bin Laden.
Zawahiri, um médico egípcio, conheceu Bin Laden na
década de 1980 no Paquistão, onde ambos davam apoio aos
guerrilheiros que combatiam os soviéticos no
Afeganistão. Seu paradeiro atual é desconhecido.
Em outra nota, o EII assumiu a responsabilidade por
um atentado contra um prédio da polícia na localidade
xiita de Hilla, onde mais de 20 pessoas morreram.
EUA REJEITAM DESCULPAS
Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira que
não há motivos para se desculpar pela operação secreta
de um comando militar que matou Osama bin Laden no
Paquistão. A declaração veio horas depois do
primeiro-ministro paquistanês criticar o "unilateralismo"
da ação americana
"Não nos desculpamos pela decisão que o presidente [Barack
Obama] tomou", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay
Carney, ressaltando que Washington levou a sério as
queixas do Paquistão.
Ele afirmou que Obama estava convencido de que tinha
o "direito e o dever" de ordenar o ataque, realizado por
uma equipe de elite da Marinha americana. Carney lembrou
ainda que o presidente prometeu ainda na campanha que
iria agir para pegar Bin Laden no Paquistão, se
necessário.
Carney também afirmou que os Estados Unidos ainda
estão buscando cooperação de Islamabad para ter acesso
às três viúvas do líder da Al Qaeda que se encontram sob
custódia do Paquistão e podem ter informações vitais
sobre o grupo terrorista.
"Nós acreditamos que é muito importante manter uma
relação de cooperação com o Paquistão, precisamente
porque é de nosso interesse de segurança nacional
fazê-lo", disse Carney em entrevista a jornalistas. Fonte
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