Bruno e Macarrão são
condenados por cárcere privado de Eliza Samudio
A Justiça do Rio condenou o goleiro Bruno
Fernandes a quatro anos e seis meses de prisão por
cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal
contra a ex-amante Eliza Samudio. Segundo informações
divulgadas nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça do
Rio, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão --também
acusado de envolvimento--, foi condenado a três anos de
prisão por cárcere privado. Os dois ainda respondem a
outro processo, sobre o desaparecimento de Eliza.
A sentença foi conhecida na noite de ontem, segundo o
TJ. "Eu acabei de receber um telefonema da minha equipe
para falar sobre a sentença, mas ainda não conheço o
teor dela. Ainda preciso montar a linha de defesa",
disse na manhã desta terça Márcio Carvalho de Sá, um dos
advogados de Bruno.
Ainda de acordo com o TJ, os condenados não têm o
direito de recorrer da decisão em liberdade.
Em 2009, a ex-amante de Bruno registrou queixa na
Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher),
acusando-o de sequestro, agressão e ameaça. Na ocasião,
ela disse que o ex-goleiro tentou obrigá-la a abortar um
filho que seria dele. Bruno nega as acusações.
O ex-goleiro do Flamengo e outras oito pessoas,
incluindo Macarrão, são réus em outro processo --ainda
em andamento--, sobre o desaparecimento e morte de
Eliza. Bruno está preso desde julho.
DESAPARECIMENTO
Bruno foi denunciado (acusado formalmente) pelo
suposto assassinato de sua ex-amante Eliza Samudio, que
afirmava ter tido um filho do jogador. A jovem foi vista
pela última vez em junho. A Polícia Civil de Minas
concluiu que ela foi assassinada a mando de Bruno e seu
amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Ele responde
pelos crimes de homicídio, sequestro, cárcere privado,
ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Também respondem pelos mesmos crimes Luiz Henrique
Romão (o Macarrão), Dayanne Souza (mulher de Bruno),
Fernanda Gomes Castro (ex-namorada de Bruno), Elenilson
Vitor da Silva (administrador do sítio de Bruno),
Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), Flávio Caetano de
Araújo e Sérgio Rosa Sales, o Camelo (primo de Bruno).
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, mais
conhecido como Bola é acusado por dois desses crimes:
homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver
da ex-amante do goleiro.