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Julian Assange, fundador do WikiLeaks é detido

Londres, 7 dez (EFE).- O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, que revelou milhares de documentos confidenciais do Governo dos Estados Unidos, foi detido nesta terça-feira no Reino Unido, informou a Polícia Metropolitana de Londres.

A detenção aconteceu depois de o Reino Unido ter recebido um pedido da Promotoria da Suécia, que quer interrogar Assange, de 39 anos, por este ser acusado de agressão sexual.

Assange, que é cidadão australiano, se entregou. Ele foi detido pela unidade de extradição da Scotland Yard após marcar com os agentes uma "reunião" em uma delegacia.

Segundo as forças da ordem, o fundador do Wikileaks deverá comparecer ainda hoje perante o tribunal de Westminster (centro de Londres). Recentemente, ele negou ter cometido o crime, e seu advogado, Mark Stephens, relacionou este caso a uma "manobra política".

"Os agentes da unidade de extradição da Polícia Metropolitana detiveram esta manhã Julian Assange em nome das autoridades suecas sob a suspeita de violação", afirmou um porta-voz da Polícia ao dar detalhes da prisão.

"Julian Assange, de 39 anos, foi detido em virtude de uma Ordem de Detenção Europeia após uma reunião em uma delegacia de Londres", acrescentou.

De acordo com um porta-voz do Tribunal de Westminster, Assange deverá prestar depoimento às 9h30 (horário de Brasília) de hoje, a menos que um juiz facilite uma permissão especial para que a audiência ocorra mais tarde.

O advogado de Assange assinalou que "é hora" de se chegar "à verdade", e que seu cliente quer "limpar seu nome".

Mark Stephens já tinha expressado dúvidas no fim de semana sobre a intenção da detenção de seu cliente.

"É bastante estranho, porque o promotor sueco abandonou todo o caso contra ele em setembro (...) e algumas semanas mais tarde - após o discurso de um político sueco -, um novo promotor, não em Estocolmo, onde estavam Julian e essas mulheres, mas em Gotemburgo, começou um novo caso que resultou nestas ordens", disse o advogado em entrevista à "BBC".

Stephens já tinha indicado que seu cliente lutará contra sua possível extradição à Suécia, já que teme que, a partir de lá, possa ser entregue aos Estados Unidos, onde alguns políticos chegaram a pedir sua execução.

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