Renault indeniza Nelsinho
Piquet e seu pai
PARIS (AFP) - A escuderia de Fórmula 1 Renault
pediu desculpas nesta terça-feira e indenizou seu
ex-piloto brasileiro Nelsinho Piquet e seu pai, com os
quais se enfrentou no caso "Crashgate", como é conhecido
o acidente "voluntário" do jovem piloto em 2008.
"No dia 11 de setembro de 2009, a escuderia publicou
um comunicado de imprensa no qual sugeria que Nelson
Piquet Jr. e seu pai mentiram, evocando de maneira falsa
seu papel no acidente voluntário do Grande Prêmio de
Cingapura de 2008", escreveu a equipe Renault de Fórmula
1 em uma mensagem oficial.
"Também sugerimos que essas mentiras foram inventadas
para fazer chantagem (à Renault F1) com o fim de que
Piquet Jr. pudesse pilotar para a equipe o resto da
temporada de 2009 (quando o caso foi revelado) e que seu
pai e ele eram culpados de uma falta grave", continuou a
escuderia em seu comunicado.
Mas a equipe reconheceu nesta terça-feira que as
"acusações" formuladas pelos brasileiros contra ela "não
eram falsas" e que Nelsinho e seu pai "não as inventaram
para fazer chantagem". Por isso, a escuderia "retira"
suas acusações, segundo a Renault Fórmula 1.
"Gostaríamos de pedir desculpas sem reservas ao
senhor Piquet Jr. e seu pai pelo desamparo e pelos
problemas causados. Como prova de nossa sinceridade,
aceitamos pagar uma quantia substancial de dinheiro para
reparar a difamação e os danos gerados", informou a
equipe.
Afastado da equipe na metade de 2009 por seus
resultados ruins, Nelsinho acusou o ex-chefe da
escuderia, Flavio Briatore, e o ex-diretor, Pat Symonds,
de terem pedido a ele que tivesse um acidente voluntário
no Grande Prêmio de Cingapura de 2008 para favorecer o
espanhol Fernando Alonso.
O acidente protagonizado pelo brasileiro provocou a
intervenção do "safety car", o que beneficiou Alonso,
seu companheiro de equipe.
Este último havia passado pelos "boxes" antes para
repor combustível, e graças à atitude do brasileiro
conseguiu ultrapassar todos os seus rivais e ganhar a
corrida.
Nelsinho escapou das sanções pela atitude em troca de
seu testemunho. A Renault, que despediu Briatore e
Symonds, foi condenada pela Federação Internacional de
Automobilismo (FIA) a uma suspensão condicional de dois
anos.
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