Uruguai escava para
encontrar corpos de desaparecidos na ditadura
O governo do Uruguai e a Universidade da
República (Udelar) assinaram um acordo para continuar as
escavações dentro de um batalhão de paraquedistas
próximo à capital, Montevidéu, para encontrar os restos
mortais dos presos desaparecidos durante a ditadura
militar (1973-1985).
O convênio estipula que as tarefas de remoção de
terras serão realizadas no Batalhão de Infantaria
Paraquedista Nº 14 de Toledo entre 1º de fevereiro a 31
de julho de 2011, e caso não haja nenhum resultado neste
período de tempo, é permitida a prorrogação do prazo até
outubro.
As tarefas, que estarão a cargo do chefe de
Antropologia Forense da Udelar, José López Mazz, terão
um custo de US$ 114 mil e serão financiadas pelo Estado.
Caso as escavações obtenham resultados, é possível
que os trabalhos de busca por corpos de desaparecidos
seja estendido a outros locais do país.
O governo de Tabaré Vázquez (2005-2010) realizou
escavações no Batalhão nº 13 do Exército e em uma
chácara privada que pertenceu à Força Aérea, onde foram
encontrados em 2005 os restos mortais do professor
Fernando Miranda e do trabalhador metalúrgico Ubagesner
Chavéz Sosa.
Organizações dos direitos humanos estimam que cerca
de 200 pessoas desapareceram durante a ditadura, a
maioria deles sequestrado na Argentina em virtude do
chamado Plano Condor, que coordenou a repressão dos
regimes militares do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile,
Bolívia, Paraguai e Uruguai) nos anos 1970 e 1980.
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