É muito
fácil encontrar fãs do Big Brother Brasil. Em questão de
semanas, passa-se a odiar ou amar meros desconhecidos.
Não importa a idade, profissão ou opção sexual. É
muito fácil encontrar fãs do Big Brother Brasil. São 9
meses de espera para viver três meses de euforia. Em
questão de semanas, passa-se a odiar ou amar meros
desconhecidos.
Marcia Figueiredo, jornalista, 34 anos, torce, vota,
chora... tudo o que tem direito. E olha que ela tem
torcida contra. “Meu marido quase enlouqueceu quando viu
na conta de telefone que eu tinha votado”, diz. “Só não
tenho pay-per-view, porque daí seria assinar o
divórcio!”, comenta, aos risos.
E foi justamente através do pay-per-view que Eliane
Silveira, 62 anos, se apaixonou pelo Big Brother. Ela
ganhou a assinatura de presente da filha e virou
seguidora fiel. “Quando o programa acaba, fico viúva”,
afirma a aposentada.
Eliane conta que já a criticaram muito por ser
“viciada” no programa, mas diz que não está nem um pouco
preocupada. “Não estou nem aí para quem me julga. O BBB
é uma loucura gostosa e pretendo fazer 100 anos
assistindo ao programa”.
BBB tô fora!
Da mesma forma que há fãs por toda parte, muitos não
gostam do programa. A advogada Adriana Akemi, 43 anos,
diz que “odeia” o reality. “São pessoas com boa
aparência e nada na cabeça, que se envolvem em disputas
relacionadas a sexo, auto-estima e traição. É uma
fogueira das vaidades”, opina.
A médica Cristiana Schneider, 37 anos, acha que o
programa é uma besteira. “Os participantes não são
espontâneos, só querem aparecer. O BBB não tem começo,
meio ou fim. É um lixo!”, diz.
Emílio Zagaia, do Big Brother 3, considera o programa
impecável no que diz respeito à produção. Mesmo assim,
ele não gosta de assistir. “Fora os 20 minutos editados,
acho um saco”, revela. “O brasileiro ama falar da vida
alheia. Por isso o BBB é um sucesso. Não sou contra,
assiste quem quer”.
Freud explica!
Para a psicóloga Juliana Amaral, o formato do
programa se encaixa na cultura atual. “O BBB reflete a
banalização da intimidade, a diversão rápida, a
superficialidade das relações e a desvalorização do
próprio ser humano, que se sujeita a ser observado”.
Juliana compara o telespectador a um torcedor. “O
público é capturado justamente quando passa de
espectador a torcedor ativo. É o momento em que se
humaniza o jogo e entra em campo o amor e o ódio”,
finaliza.
Acompanhe o Big Brother Brasil 11 no Yahoo!. A partir
de janeiro, o Yahoo! Brasil terá um especial com a
cobertura completa do reality show mais falado do país.
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