Os tibetanos se preocupam com o destino da luta por
maior autonomia para sua região depois que o Dalai
Lama morrer ou deixar a vida pública. O próprio
Dalai Lama se considera "semiaposentado" desde o
estabelecimento pleno de uma liderança política
tibetana no exílio em 2001, disse seu assessor
Tenzin Taklha na terça-feira em entrevista a uma TV.
Ele explicou que o Dalai Lama pretende abdicar de
eventos políticos, inaugurações e outras cerimônias.
"O que Sua Santidade está dizendo é que ele está
considerando, discutindo sua aposentadoria com o
Parlamento", afirmou.
"O Dalai Lama como pessoa não pode se aposentar,
vai continuar trabalhando como um líder e por todos
os propósitos humanitários." O Dalai Lama fugiu do
Tibete em 1959, após uma frustrada rebelião contra o
domínio chinês. Ele vive exilado na Índia e prega
uma "autonomia significativa" para o Tibete como
parte da China. Pequim o acusa de ser um perigoso
separatista, responsável por estimular distúrbios no
Tibete.
O Parlamento tibetano do exílio se reunirá em
março em Dharamsala, e o Dalai Lama deixaria suas
funções num prazo de seis meses depois do anúncio
oficial, segundo Taklha.