Autoridades
europeias estão avaliando um pacote de resgate entre 80
bilhões e 100 bilhões de euros para a Irlanda e também
um outro menor para o pressionado setor bancário do
país, afirmou o Wall Street Journal nesta terça-feira.
O Fundo Monetário
Internacional (FMI) faria parte do resgate, disse o
jornal, citando fontes não identificadas. Tentativas
iniciais de contato com o FMI não obtiveram êxito.
Entenda
Países como Irlanda e Portugal vivem situação
preocupante, e não se sabe se conseguirão lidar com seus
deficits sem a ajuda de fundos da União Europeia. A
necessidade de financiamento público da Irlanda está
garantida até meados de 2011, mas os bancos auxiliados
pelo Estado estão quase sem acesso a empréstimos
interbancários, dependendo do Banco Central Europeu para
obter fundos. Isso ajudou a elevar os custos de
financiamento de países periféricos da zona do euro,
como Espanha e Portugal.
Por enquanto, o governo irlandês calculou o resgate do
sistema financeiro em cerca de 50 bilhões de euros (US$
68,4 bilhões), o que poderá elevar o déficit público em
2010 para 32% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Irlanda enfrenta pressão do Banco Central Europeu e
de países da zona do euro para tomar uma decisão rápida
em meio a sinais de que o contágio do mercado está
chegando a Portugal, podendo afetar outros Estados
maiores. O governo irlandês disse estar negociando
maneiras de estabilizar seus bancos e suas finanças e
negou que um resgate estatal seja necessário para
impedir o contágio de seus problemas em outros países.
O ministro das Finanças português, Fernando Teixeira dos
Santos, disse ao Financial Times que há um risco
enorme de que seu país seja obrigado a buscar ajuda
internacional, pois os mercados estão considerando
Grécia, Irlanda e Portugal como um único conjunto.