"O pacote veria o nível de capital nos bancos
irlandeses sendo elevado de oito para 12 por cento
num movimento para impulsionar a confiança de
clientes no sistema financeiro", disse a RTE em
reportagem em seu site.
Entenda
O primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, disse
no dia 21 de novembro que o seu país e a União
Europeia (UE) fecharam um acordo por um empréstimo
para equilibrar as contas públicas irlandesas. Cowen
afirmou que os detalhes do acordo seriam negociados
nos dias seguinte. Segundo o ministro irlandês das
Finanças, Brian Lenihan, a quantia será inferior a
100 bilhões de euros (R$ 235 bilhões) e será usada
para diminuir o déficit orçamentário do país para 3%
do PIB até 2014.
Em comunicado conjunto, os ministros europeus das
Finanças elogiaram o pedido irlandês por auxílio e
disseram ter concordado em fornecer empréstimos ao
país. Segundo o grupo, o dinheiro virá de fundos
geridos pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional
(FMI). Outros países, como a Suécia e a
Grã-Bretanha, indicaram que poderão fazer
empréstimos adicionais à Irlanda, segundo o
comunicado.
A Irlanda vinha sendo forçada por
vizinhos europeus a pedir ajuda financeira. O pedido
é uma reviravolta para o governo irlandês, que no
início da semana passada afirmara que o empréstimo
era desnecessário. O país tem gastado cerca de 19
bilhões de euros (R$ 45 bilhões) a mais do que tem
recebido em receitas, e os seus bancos também
precisam de uma grande injeção de dinheiro. O
governo irlandês será o segundo país a receber um
empréstimo da UE e do FMI para combater os efeitos
da crise.
Em maio, a Grécia negociou um pacote de 110 bilhões
de euros, a serem repassados ao longo de três anos.
Agora as atenções se voltam para Portugal, outra
economia da zona do euro com alto nível de
endividamento.
Países como Irlanda e Portugal
vivem situação preocupante para lidar com seus
déficits. O ministro das Finanças português,
Fernando Teixeira dos Santos, disse ao Financial
Times que há um risco enorme de que seu país
seja obrigado a buscar ajuda internacional, pois os
mercados estão considerando Grécia, Irlanda e
Portugal como um único conjunto.