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A MELHOR FORMA DE DISCUTIR

Obviamente, o melhor seguro contra brigas fervorosas é prevenir os bate-bocas em primeiro lugar. As argumentações deveriam funcionar sem gritaria, xingamentos, sarcasmo e, principalmente, agressões físicas – empurrões ou portas batendo. Mas, se o clima esquentar, siga esses passos para ajudar a manter as emoções sob controle:

- Dê um tempo. “Cada um de nós, conscientemente ou não, tem um nível de agressão tolerante no relacionamento”, diz Dr Heitler. A chave é reconhecer os sinais que o corpo está mandando antes que a conversa esquente demais. Sua raiva está chegando ao ponto em que a conversa não é mais produtiva? Você está falando alto demais? Seu estômago está agitado? Sua mente só foca no que seu parceiro está fazendo errado? Abaixe a tensão fazendo uma pausa: tome um copo d’água, folheie uma revista, e resuma a conversa quando sentir-se calmo novamente. Se estiver no carro, correndo contra o tempo, mude de assunto e planeje-se para retomar aquele assunto mais tarde. Você pode pensar que seus filhos não estão ouvindo a discussão, mas acredite: eles estão. Então faça um acordo com seu parceiro que se uma briga começar, os dois vão apertar o botão de pause.

- Tome nota. Antes que você possa continuar a discussão, anote os pontos que você quer fazer. O simples ato de escrever pode ajudá-lo a organizar os pensamentos e trazer clareza à questão. Você estará mais preparado para falar calmamente quando retomar a discussão.

- O problema é o comportamento, não a pessoa. Sempre comece uma conversa com afirmações que mostrem como você se sente a respeito de alguma coisa: “eu fico chateada quando você dá salgadinhos às crianças logo antes do jantar” funciona melhor do que “nós conversamos sobre isso milhares de vezes! Você nunca me escuta!” Foque em um assunto por vez e delete do vocabulário as palavras “sempre” e “nunca”. Generalizações colocam o seu parceiro na defensiva, adicionando combustível ao fogo.

- Não transforme seus filhos em juízes. Tudo o que eles querem é baixar o fogo. “Crianças nunca deveriam ter de dividir sua lealdade”, adverte Dr Gallagher. “Quando você começa a ouvir ‘mamãe, não fique brava com o papai’ é um cartão vermelho. Você precisa maneirar”.

- Não tente ‘vencer’. Pense nas discussões o mais objetivamente possível: são problemas simples que devem ser resolvidos. Quando você responde respeitosamente ao ponto de vista do outro, as crianças verão que há mais de uma solução para o mesmo problema – e que compromisso não é uma coisa ruim.

- Preste atenção nos sinais de estresse das crianças. Como os adultos, elas mostram sua ansiedade de diferentes formas: algumas tentam escapar quando escutam ou sentem um conflito, cobrindo seus ouvidos ou olhos ou saindo do ambiente. Algumas crianças tomam partido do pai ou da mãe. Em vez de se acostumarem com a hostilidade, essas crianças crescem menos flexíveis. Se as crianças estão com dores de cabeça, de estômago, ou comendo demais, acredite: essas são pistas de que suas brigas estão afetando elas.

 

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