São Paulo, 22 (AE) - A nona versão do navegador
mais popular do mundo está disponível para download
desde a última quarta-feira, 15. O Internet Explorer 9
ainda está em beta, e segundo a Microsoft, vai ficar
assim até que eles decidam que o programa sofreu
alterações o suficiente para ser lançado de maneira
definitiva.
As consequências do lançamento em beta são notadas
logo de cara. Uma ação simples, como trocar de aba
demorou mais de quatro segundos, enquanto o navegador
continuava a mostrar o site carregado na aba anterior.
Por outro lado, o alarde que a Microsoft fez antes do
lançamento confere: as aplicações em HTML5 rodam melhor
no IE9 do que no Chrome e no Firefox, seus principais
concorrentes. O motivo: ele usa a placa de vídeo, que,
segundo a Microsoft, é um hardware que quase todo PC tem
e cujos recursos nenhum navegador usava até agora.
Outra novidade do novo IE é o navegador, entre os
mais populares do mercado, que reserva mais espaço na
tela para o site. A Microsoft espremeu as abas no topo
da tela, ao lado da barra de navegação - que agora,
também funciona como campo de busca, com motor
configurável.
Esse é um passo acertado em direção a usuários de
telas menores, especialmente, os donos de netbooks. O
trabalho de garantir que o navegador fique leve o
suficiente para rodar bem em máquinas do tipo, menos
robustas, fica por conta do novo gerenciador de plugins,
que informa quanto cada extensão atrasa a inicialização
do browser.
De acordo com a Microsoft, o foco do novo IE é
aproximar a experiência na web àquela que temos em
softwares nativos do sistema operacional. Isso fica bem
claro no recurso que permite fixar um site na barra de
iniciar do Windows 7, e ao clicar com o botão direito no
atalho, caso o site esteja programado adequadamente,
visualizar opções de acesso específicas.
No lançamento, mais de 70 sites, como Twitter e
Facebook, já estavam adaptados a essa função. A
Microsoft está treinando programadores para popularizar
a implantação do recurso.
O novo IE ganhou uma página de abas, semelhante à do
Chrome, com os links acessados mais frequentemente, e um
layout bem simples, que também lembra o navegador do
Google.
DE VOLTA AO JOGO?
Se a versão final do novo IE ficar mais leve - sem os
travamentos que foram observados -, é possível que o
navegador, que foi rejeitado por usuários mais
experientes, volte a ganhar mercado.
A ideia da Microsoft, de absorver tudo que havia de
interessante nos outros navegadores, parece ter
funcionado. O problema é que, por enquanto, a única
grande vantagem do IE diante dos outros está na
renderização de HTML5. E como o HTML5 ainda é escasso na
internet, essa vantagem se perde.
Outro ponto negativo é que, até agora, a comunidade
de desenvolvedores não se engajou para desenvolver
extensões para o IE. A Microsoft diz que essa não é uma
preocupação, porque com o HTML5, elas deixam de ter
relevância. "Mas vamos dar todo o suporte a
desenvolvedores", esclarece Galileu Vieira, gerente de
novas tecnologias.