Dados da Pesquisa
Especial de Tabagismo, divulgada hoje na sede do
Instituto Nacional de Câncer (Inca), mostram que
atualmente há cerca de 25 milhões de fumantes no País. E
as mulheres começam a fumar mais cedo que os homens - a
proporção de jovens do sexo feminino que fumam antes dos
15 anos de idade é 22% maior do que a dos homens em
todas as Regiões brasileiras. Mas elas também deixam o
hábito numa proporção duas vezes maior do que os homens.
A pesquisa é uma parceria
entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e foi divulgada para
marcar a data de ontem, Dia Nacional de Combate ao Fumo.
"O Brasil mostra compromisso forte com o controle do
tabaco. Houve uma redução da prevalência de 34,8% da
população (em 1989), para 17,2%. Isso não é frequente
nos países do mundo. O Brasil é um exemplo para o
mundo", afirmou Alfonso Tenorio-Gnecco, gerente de
Prevenção e Controle de Doenças e Desenvolvimento
Sustentável da Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS), que acompanhou a divulgação dos dados.
O levantamento revela também que o cigarro tem forte
impacto no orçamento doméstico. Uma família composta por
um casal de fumantes entre 45 e 64 anos e residente em
uma cidade do Sudeste do País gasta, por mês, somente
com a compra de cigarros, R$ 128,60.
Por ano, a despesa chega a R$ 1.543,20 (valores de
2008). O valor gasto pelo casal do Sudeste com cigarro
seria suficiente para comprar hoje, agosto de 2010, uma
TV de LCD de 32 polegadas (R$ 1.469,00 preço médio), um
computador (R$ 1.300,00), ou uma geladeira duplex (R$
1.400,00).